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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Ano de 2012 bateu recordes de temperatura e degelo extremo
Em 2012 ocorreram fenômenos climáticos extremos em todo o mundo, sobretudo no hemisfério norte, com grandes ondas de calor e de frio e um degelo sem precedentes do gelo ártico, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O ano começou com um episódio do fenômeno climático La Niña de intensidade moderada, que provocou o resfriamento extremo do clima e continuou com um aumento importante das temperaturas a partir de abril, informou a agência especializada da ONU.
Apesar dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña, que incidiram nas temperaturas, continua “a tendência geral de aquecimento global de longo prazo, imputável às mudanças climáticas antrópicas”, isto é, relacionadas com a ação humana, explicou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
“Queremos que esta informação seja levada em conta em Doha”, acrescentou em alusão à conferência que, de segunda-feira até 7 de dezembro reúne 190 países para decidir sobre o futuro do Protocolo de Kyoto e estabelecer as bases de um grande acordo para 2015. O protocolo, assinado em 2007, é o único tratado legal que fixa os objetivos cifrados para reduzir a emissão de gases causadores de efeito estufa.
Segundo o relatório da OMM, o período 2001-2011 já tinha sido o mais quente registrado e a tendência dos primeiros meses deste ano apontavam a que “2012 não será uma exceção à regra”, indicou a organização.
De janeiro a outubro vivemos o período mais quente compreendido nestes meses desde que começaram os registros em 1850, explicou a agência da ONU, com temperaturas mundiais na superfície do oceano e em terra superiores em 0,45 °C à média de 14,2 °C do período 1961-1990.
Outras consequências do aquecimento global são o degelo da calota do Ártico, que em 16 de setembro alcançou sua menor extensão anual (3,41 milhões de quilômetros quadrados) desde que começaram os registros por satélite. Estes dados confirmam os publicados em setembro pelo NSDIC, centro americano especializado em gelo e neve.
A calota de gelo do Ártico perdeu, assim, um total de 11,83 milhões de quilômetros quadrados entre março e setembro. Além disso, a extensão mínima de 2012 foi 49% inferior (cerca de 3,3 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à superfície da Índia) na média mínima do período 1979-2000.
“A extensão de gelo marinho no Ártico alcançou um novo mínimo. A velocidade alarmante com que está ocorrendo o degelo nesta região este ano, dando destaque às profundas mudanças que estão ocorrendo nos oceanos e na biosfera”, disse Jarraud.
Seu veredicto é severo: “as mudanças climáticas estão ocorrendo diante dos nossos olhos e continuarão assim como consequência da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, que aumentou de forma constante e voltou a alcançar novos recordes”.
Em 2012 também foram registrados outros fenômenos extremos. Na bacia do Atlântico, por exemplo, a atividade da temporada de furacões foi superior à média pelo terceiro ano consecutivo, com 19 tempestades, das quais dez alcançaram a categoria de furacões, como foi o caso de Sandy, que provocou estragos nos Estados Unidos e no Caribe.
O ano também foi marcado por grandes nevascas e temperaturas extremas entre o final de janeiro e meados de fevereiro, sobretudo na Rússia e na Europa, com temperaturas que despencaram até – 50ºC, um frio que, segundo o secretário-geral da agência da ONU, “pode estar relacionado com o degelo no Ártico”.
As cifras definitivas sobre o clima em 2012 serão publicadas em março de 2013.
Fonte: Portal Terra
O ano começou com um episódio do fenômeno climático La Niña de intensidade moderada, que provocou o resfriamento extremo do clima e continuou com um aumento importante das temperaturas a partir de abril, informou a agência especializada da ONU.
Apesar dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña, que incidiram nas temperaturas, continua “a tendência geral de aquecimento global de longo prazo, imputável às mudanças climáticas antrópicas”, isto é, relacionadas com a ação humana, explicou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
“Queremos que esta informação seja levada em conta em Doha”, acrescentou em alusão à conferência que, de segunda-feira até 7 de dezembro reúne 190 países para decidir sobre o futuro do Protocolo de Kyoto e estabelecer as bases de um grande acordo para 2015. O protocolo, assinado em 2007, é o único tratado legal que fixa os objetivos cifrados para reduzir a emissão de gases causadores de efeito estufa.
Segundo o relatório da OMM, o período 2001-2011 já tinha sido o mais quente registrado e a tendência dos primeiros meses deste ano apontavam a que “2012 não será uma exceção à regra”, indicou a organização.
De janeiro a outubro vivemos o período mais quente compreendido nestes meses desde que começaram os registros em 1850, explicou a agência da ONU, com temperaturas mundiais na superfície do oceano e em terra superiores em 0,45 °C à média de 14,2 °C do período 1961-1990.
Outras consequências do aquecimento global são o degelo da calota do Ártico, que em 16 de setembro alcançou sua menor extensão anual (3,41 milhões de quilômetros quadrados) desde que começaram os registros por satélite. Estes dados confirmam os publicados em setembro pelo NSDIC, centro americano especializado em gelo e neve.
A calota de gelo do Ártico perdeu, assim, um total de 11,83 milhões de quilômetros quadrados entre março e setembro. Além disso, a extensão mínima de 2012 foi 49% inferior (cerca de 3,3 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à superfície da Índia) na média mínima do período 1979-2000.
“A extensão de gelo marinho no Ártico alcançou um novo mínimo. A velocidade alarmante com que está ocorrendo o degelo nesta região este ano, dando destaque às profundas mudanças que estão ocorrendo nos oceanos e na biosfera”, disse Jarraud.
Seu veredicto é severo: “as mudanças climáticas estão ocorrendo diante dos nossos olhos e continuarão assim como consequência da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, que aumentou de forma constante e voltou a alcançar novos recordes”.
Em 2012 também foram registrados outros fenômenos extremos. Na bacia do Atlântico, por exemplo, a atividade da temporada de furacões foi superior à média pelo terceiro ano consecutivo, com 19 tempestades, das quais dez alcançaram a categoria de furacões, como foi o caso de Sandy, que provocou estragos nos Estados Unidos e no Caribe.
O ano também foi marcado por grandes nevascas e temperaturas extremas entre o final de janeiro e meados de fevereiro, sobretudo na Rússia e na Europa, com temperaturas que despencaram até – 50ºC, um frio que, segundo o secretário-geral da agência da ONU, “pode estar relacionado com o degelo no Ártico”.
As cifras definitivas sobre o clima em 2012 serão publicadas em março de 2013.
Fonte: Portal Terra
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