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terça-feira, 5 de março de 2013
Pesquisadores fazem esgoto virar adubo
O esgoto doméstico pode se tornar um aliado da agricultura. Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) estão desenvolvendo um adubo, feito com lodo produzido em estações de tratamento de esgoto, que se mostrou mais eficiente que os fertilizantes comerciais. Fruto de parceria da UFF com a prefeitura de Volta Redonda (RJ) e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) da cidade, os experimentos vêm sendo conduzidos em uma estação de tratamento do município desde 2011.
Segundo a pesquisadora Fabiana Soares dos Santos, que coordena a equipe de cinco professores da UFF e alunos de iniciação científica, o uso agrícola do lodo é uma boa ideia porque "alia o baixo custo com o impacto ambiental extremamente positivo".
O lodo de esgoto doméstico é o resíduo gerado no tratamento do esgoto sanitário e pode causar sérios problemas ambientais se disposto de forma inadequada. Em vez de ser descartado nos aterros, ele vira matéria-prima para a produção do fertilizante, por ser fonte de matéria orgânica e nutrientes para as plantas.
Mas esse lodo pode conter certas substâncias que, em determinadas concentrações, são nocivas ao meio ambiente e à saúde. Por isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) publicou em 2006 a Resolução n.º 375, que define quais são os níveis máximos de poluentes que o lodo de esgoto pode ter para ser usado na agricultura.
O fertilizante feito pela equipe da UFF foi criado com base uma mistura desse lodo com resíduos das podas de árvores feitas pela prefeitura. Durante quatro meses, os pesquisadores fizeram a compostagem desses materiais e analisaram se os agentes contaminantes orgânicos, inorgânicos (metais pesados) e biológicos (coliformes, ovos de helmintos, salmonela) estavam adequados aos níveis da resolução.
Concluída essa etapa, iniciaram os experimentos com o cultivo de milho e de aroeira, uma espécie arbórea utilizada em projetos de reflorestamento. Nessa fase, os pesquisadores cultivaram as duas plantas em cinco diferentes tipos de solo: um adubado com o fertilizante desenvolvido por eles, um com o substrato comercial, e os outros três utilizando combinações desses dois adubos em diferentes proporções.
Resultados
A equipe de Fabiana constatou que as plantas se desenvolveram melhor nos tratamentos que continham as proporções mais concentradas do composto de lodo de esgoto. "No caso do milho, a diferença foi bem marcante entre o tratamento com o substrato comercial puro quando comparado com o lodo de esgoto. O lodo teve um efeito significativo no desenvolvimento das plantas."
Agora, eles se debruçam sobre os dados coletados e analisam, em laboratório, os pigmentos e a concentração dos nutrientes nas folhas para comprovar fisiologicamente a diferença que já pode ser constatada só de olhar.
Segundo a pesquisadora Fabiana Soares dos Santos, que coordena a equipe de cinco professores da UFF e alunos de iniciação científica, o uso agrícola do lodo é uma boa ideia porque "alia o baixo custo com o impacto ambiental extremamente positivo".
O lodo de esgoto doméstico é o resíduo gerado no tratamento do esgoto sanitário e pode causar sérios problemas ambientais se disposto de forma inadequada. Em vez de ser descartado nos aterros, ele vira matéria-prima para a produção do fertilizante, por ser fonte de matéria orgânica e nutrientes para as plantas.
Mas esse lodo pode conter certas substâncias que, em determinadas concentrações, são nocivas ao meio ambiente e à saúde. Por isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) publicou em 2006 a Resolução n.º 375, que define quais são os níveis máximos de poluentes que o lodo de esgoto pode ter para ser usado na agricultura.
O fertilizante feito pela equipe da UFF foi criado com base uma mistura desse lodo com resíduos das podas de árvores feitas pela prefeitura. Durante quatro meses, os pesquisadores fizeram a compostagem desses materiais e analisaram se os agentes contaminantes orgânicos, inorgânicos (metais pesados) e biológicos (coliformes, ovos de helmintos, salmonela) estavam adequados aos níveis da resolução.
Concluída essa etapa, iniciaram os experimentos com o cultivo de milho e de aroeira, uma espécie arbórea utilizada em projetos de reflorestamento. Nessa fase, os pesquisadores cultivaram as duas plantas em cinco diferentes tipos de solo: um adubado com o fertilizante desenvolvido por eles, um com o substrato comercial, e os outros três utilizando combinações desses dois adubos em diferentes proporções.
Resultados
A equipe de Fabiana constatou que as plantas se desenvolveram melhor nos tratamentos que continham as proporções mais concentradas do composto de lodo de esgoto. "No caso do milho, a diferença foi bem marcante entre o tratamento com o substrato comercial puro quando comparado com o lodo de esgoto. O lodo teve um efeito significativo no desenvolvimento das plantas."
Agora, eles se debruçam sobre os dados coletados e analisam, em laboratório, os pigmentos e a concentração dos nutrientes nas folhas para comprovar fisiologicamente a diferença que já pode ser constatada só de olhar.
Fonte: A Tarde
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