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quarta-feira, 27 de março de 2013
Abandono da conservação do solo faz crescer a erosão em rios do PR
As últimas grandes enchentes em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, aconteceram em agosto e setembro de 2011.
O município sofre com as cheias do Rio Marrecas desde a década de 40 e ao estudar os problemas da cidade, pesquisadores descobriram que algumas causas tinham origem no campo.
O Rio Marrecas recebe água de córregos e riachos de Francisco Beltrão, Flor da Serra do Sul e Marmeleiro. Segundo o estudo, 60% da microbacia é ocupada por lavouras e pastagens.
Áreas que deveriam ter vegetação permanente viraram lavouras, como os topos de morro, e as práticas de conservação solo foram abandonadas. “O produtor tem confiado demais no plantio direto, então acabou eliminando em várias propriedades os terraços de absorção lenta. Não tendo as barreiras físicas, para diminuir a velocidade e aumentar a infiltração de água no solo, acaba tendo o escoamento que a gente está vendo aqui”, afirma Marcos Paloschi, técnico agrícola da Emater.
Em todo o país, o governo investiu muito dos anos 70 até a década de 90 para acabar com a erosão. Só um dos programas do estado do Paraná gastou mais de R$ 500 milhões. Depois, esse trabalho foi se perdendo. O resultado foi a erosão, o entupimento dos córregos e mais enchentes. “O que ocorre é que de uns 10 anos para cá muitos agricultores começaram a desmanchar esses terraços, às vezes até eliminando esses terraços e que de certa forma contribuíram pra volta da erosão”, diz Paulo Marques, agrônomo da Secretaria de Agricultura – PR.
Murunduns são terraços de base estreita, mas altos. Alguns chegavam a mais de dois metros de altura. Essas elevações, feitas em curvas de nível, servem como barreiras para segurar solo e água, mas hoje são poucas as áreas que conservam algum tipo de terraço. Eles foram destruídos para facilitar a passagem das máquinas.
Na contramão do que vêm fazendo os agricultores, os técnicos concluíram que as curvas de nível são a contenção de água mais importante para diminuir o impacto das enchentes em Francisco Beltrão. Se todas as lavouras da bacia tivessem terraço e plantio direto correto, a cheia do rio Marrecas poderia seria até 30% menor. “O que a gente pode fazer, porque o evento climático a gente não tem como mudar, segurar chuva, a gente pode segurar água da chuva na superfície”, garante Ricardo Ihlenfeld, agrônomo responsável pelo estudo.
Desde 2010, o IAPAR, Instituto Agronômico do Paraná, orienta os agricultores para manter os terraços mesmo no sistema de plantio direto. Pelo jeito, vai ser preciso muito esforço para mostrar é possível aliar conservação e produção.
Para tentar amenizar o problema das enchentes em Francisco Beltrão, o canal do rio Marrecas começou a ter o seu leito rebaixado em cerca de um metro, na extensão em que cruza a cidade. O valor da obra está estimado em R$ 6 milhões.
O município sofre com as cheias do Rio Marrecas desde a década de 40 e ao estudar os problemas da cidade, pesquisadores descobriram que algumas causas tinham origem no campo.
O Rio Marrecas recebe água de córregos e riachos de Francisco Beltrão, Flor da Serra do Sul e Marmeleiro. Segundo o estudo, 60% da microbacia é ocupada por lavouras e pastagens.
Áreas que deveriam ter vegetação permanente viraram lavouras, como os topos de morro, e as práticas de conservação solo foram abandonadas. “O produtor tem confiado demais no plantio direto, então acabou eliminando em várias propriedades os terraços de absorção lenta. Não tendo as barreiras físicas, para diminuir a velocidade e aumentar a infiltração de água no solo, acaba tendo o escoamento que a gente está vendo aqui”, afirma Marcos Paloschi, técnico agrícola da Emater.
Em todo o país, o governo investiu muito dos anos 70 até a década de 90 para acabar com a erosão. Só um dos programas do estado do Paraná gastou mais de R$ 500 milhões. Depois, esse trabalho foi se perdendo. O resultado foi a erosão, o entupimento dos córregos e mais enchentes. “O que ocorre é que de uns 10 anos para cá muitos agricultores começaram a desmanchar esses terraços, às vezes até eliminando esses terraços e que de certa forma contribuíram pra volta da erosão”, diz Paulo Marques, agrônomo da Secretaria de Agricultura – PR.
Murunduns são terraços de base estreita, mas altos. Alguns chegavam a mais de dois metros de altura. Essas elevações, feitas em curvas de nível, servem como barreiras para segurar solo e água, mas hoje são poucas as áreas que conservam algum tipo de terraço. Eles foram destruídos para facilitar a passagem das máquinas.
Na contramão do que vêm fazendo os agricultores, os técnicos concluíram que as curvas de nível são a contenção de água mais importante para diminuir o impacto das enchentes em Francisco Beltrão. Se todas as lavouras da bacia tivessem terraço e plantio direto correto, a cheia do rio Marrecas poderia seria até 30% menor. “O que a gente pode fazer, porque o evento climático a gente não tem como mudar, segurar chuva, a gente pode segurar água da chuva na superfície”, garante Ricardo Ihlenfeld, agrônomo responsável pelo estudo.
Desde 2010, o IAPAR, Instituto Agronômico do Paraná, orienta os agricultores para manter os terraços mesmo no sistema de plantio direto. Pelo jeito, vai ser preciso muito esforço para mostrar é possível aliar conservação e produção.
Para tentar amenizar o problema das enchentes em Francisco Beltrão, o canal do rio Marrecas começou a ter o seu leito rebaixado em cerca de um metro, na extensão em que cruza a cidade. O valor da obra está estimado em R$ 6 milhões.
Fonte: Globo Rural
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