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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Contaminação por mercúrio dobra nos mares em cem anos, diz estudo
Uma série de nove estudos elaborados por uma equipe de 70 cientistas especializados em vida marinha indica que peixes, crustáceos e demais animais de oceanos do planeta estão cada vez mais sendo contaminados por mercúrio lançado no ar pelo homem, que acaba depositado nas águas marítimas.
Em cem anos, ao longo do século 20, a poluição na superfície dos mares pelo metal mais do que dobrou, apontam as pesquisas, publicadas em uma edição especial do periódico “Environmental Health Perspectives”, nesta segunda-feira (3).
A poluição por mercúrio é resultado de ações como mineração, queima de carvão e outros processos industriais, afirmam os cientistas. Os estudos foram realizados por pesquisadores de várias instituições, reunidos no Centro de Pesquisa Colaborativa sobre Ecossistemas, Vida Marinha e Mercúrio, sob a liderança da Universidade Dartmouth, nos EUA.
As pesquisas sugerem que o mercúrio lançado no ar acaba se depositando na água dos oceanos e em regiões costeiras, contaminando animais marinhos. Cerca de 90% do metal encontrado em mar aberto e 56% do identificado em grandes áreas de golfos têm origem no mercúrio emitido na atmosfera, que tem a ação humana como uma das origens.
“Os oceanos abrigam grandes atuns e peixes-espada, que juntos respondem por mais de 50% do mercúrio com origem marinha consumidos pela população dos EUA”, afirma a pesquisadora Elsie Sunderland, da Universidade Harvard, uma das coordenadoras dos estudos.
No Atlântico Norte, a estimativa é que “uma redução de 20% do mercúrio depositado nos oceanos após ser lançado no ar traria um declínio de 16% nos níveis do metal encontrados nos peixes da região”, diz o professor Robert Mason, da Universidade de Connecticut, que também integra as pesquisas.
Um terço de todas as emissões de mercúrio na atmosfera estão ligadas à indústria ou outros fatores humanos que poderiam ser controlados, afirmam os cientistas.
Primeira vez – “Apesar de sabermos que a maioria da contaminação das pessoas por mercúrio se dá pelo consumo de peixes marinhos, esta é a primeira vez que cientistas trabalharam juntos para sintetizar o que se sabe sobre o ‘caminho’ do metal”, ressalta a cientista Celia Chen, da Universidade Dartmouth, referindo-se ao “mapeamento” feito nos estudos.
A ideia de “mapear” o caminho do mercúrio é buscar suas “fontes para diferentes áreas do oceano, e depois rumo à cadeia alimentar, para chegar na maioria dos frutos do mar que consumimos”, afirma Chen.
A contaminação por grandes doses de mercúrio pode causar problemas neurológicos, dores de cabeça, déficit de atenção e outros efeitos, além de ser prejudicial para grávidas e poder afetar bebês em formação no útero.
A exposição ao metal é feita em grande parte pelo consumo de alimentos vindos do mar, afirma a pesquisa. Estudos recentes apontam problemas de saúde em concentrações cada vez menores do metal pesado.
Fonte: Globo Natureza
Em cem anos, ao longo do século 20, a poluição na superfície dos mares pelo metal mais do que dobrou, apontam as pesquisas, publicadas em uma edição especial do periódico “Environmental Health Perspectives”, nesta segunda-feira (3).
A poluição por mercúrio é resultado de ações como mineração, queima de carvão e outros processos industriais, afirmam os cientistas. Os estudos foram realizados por pesquisadores de várias instituições, reunidos no Centro de Pesquisa Colaborativa sobre Ecossistemas, Vida Marinha e Mercúrio, sob a liderança da Universidade Dartmouth, nos EUA.
As pesquisas sugerem que o mercúrio lançado no ar acaba se depositando na água dos oceanos e em regiões costeiras, contaminando animais marinhos. Cerca de 90% do metal encontrado em mar aberto e 56% do identificado em grandes áreas de golfos têm origem no mercúrio emitido na atmosfera, que tem a ação humana como uma das origens.
“Os oceanos abrigam grandes atuns e peixes-espada, que juntos respondem por mais de 50% do mercúrio com origem marinha consumidos pela população dos EUA”, afirma a pesquisadora Elsie Sunderland, da Universidade Harvard, uma das coordenadoras dos estudos.
No Atlântico Norte, a estimativa é que “uma redução de 20% do mercúrio depositado nos oceanos após ser lançado no ar traria um declínio de 16% nos níveis do metal encontrados nos peixes da região”, diz o professor Robert Mason, da Universidade de Connecticut, que também integra as pesquisas.
Um terço de todas as emissões de mercúrio na atmosfera estão ligadas à indústria ou outros fatores humanos que poderiam ser controlados, afirmam os cientistas.
Primeira vez – “Apesar de sabermos que a maioria da contaminação das pessoas por mercúrio se dá pelo consumo de peixes marinhos, esta é a primeira vez que cientistas trabalharam juntos para sintetizar o que se sabe sobre o ‘caminho’ do metal”, ressalta a cientista Celia Chen, da Universidade Dartmouth, referindo-se ao “mapeamento” feito nos estudos.
A ideia de “mapear” o caminho do mercúrio é buscar suas “fontes para diferentes áreas do oceano, e depois rumo à cadeia alimentar, para chegar na maioria dos frutos do mar que consumimos”, afirma Chen.
A contaminação por grandes doses de mercúrio pode causar problemas neurológicos, dores de cabeça, déficit de atenção e outros efeitos, além de ser prejudicial para grávidas e poder afetar bebês em formação no útero.
A exposição ao metal é feita em grande parte pelo consumo de alimentos vindos do mar, afirma a pesquisa. Estudos recentes apontam problemas de saúde em concentrações cada vez menores do metal pesado.
Fonte: Globo Natureza
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