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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Derretimento do gelo do Ártico pode liberar toneladas de CO2 na atmosfera, alerta ONU
O derretimento dos subsolos árticos congelados, o chamado permafrost, ameaça elevar consideravelmente o aquecimento global e deve ser levado em conta nos modelos climáticos, recomendou nesta terça-feira (27) o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) durante a COP 18, a cúpula do Clima em Doha, no Catar.
Devido ao rápido aumento das temperaturas nas regiões árticas, o permafrost já está derretendo, enfatizou Kevin Schaefer, pesquisador da Universidade do Colorado e principal autor de um relatório sobre o tema para o Pnuma.
“O permafrost é uma das chaves do futuro de nosso planeta. Seu impacto potencial no clima, nos ecossistemas e nas infraestruturas foi descuidado durante muito tempo”, declarou Achim Steiner, diretor-geral do Pnuma, em comunicado.
Essa área representa, mais ou menos, um quarto da superfície da Terra no hemisfério Norte. Em nível mundial, encerra 1,7 trilhão de toneladas de carbono, mais ou menos o dobro de CO2 presente na atmosfera, recordou Schaefer.
Se esta matéria orgânica congelada se derreter, libertará lentamente todo o carbono que acumulou e “neutralizou” com a passagem do séculos. “Uma vez que começa a derreter, o processo é irreversível. Não há nenhuma forma para voltar a capturar o carbono liberado. E este processo continua durante séculos, já que a matéria orgânica é muito fria e se decompõe lentamente”, advertiu o cientista.
Toneladas de CO2 – O problema é que este excesso de CO2 liberado na atmosfera jamais foi incluído nas projeções sobre o aquecimento climático que são objeto de negociações mundiais. E é ainda mais preocupante se for considerado que a temperatura das zonas árticas e alpinas deveriam aumentar duas vezes mais rápido que no conjunto do globo, insiste o relatório do Pnuma.
Uma alta de 3 graus Celsius em média se traduziria em um aumento de 6 graus Celsius no Ártico, o que provocaria o desaparecimento de 30% a 85% do permafrost próximo da superfície.
O derretimento do permafrost produziria o equivalente entre 43 bilhões de toneladas e 135 bilhões de toneladas de CO2 adicional para 2020, o que representa 39% das emissões totais até a data de hoje.
Em consequência, o Pnuma recomenda ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) que leve em conta especificamente o impacto crescente do permafrost no aquecimento global.
Mais de 190 países se reuniram na segunda-feira, em Doha, na grande conferência anual sobre a mudança climática que deverá decidir o futuro do Protocolo de Kyoto e esboçar as bases de um grande acordo previsto para 2015, no qual devem participar todos os grandes países poluidores do planeta. A conferência prossegue até 7 de dezembro.
Em 4 de dezembro, os negociadores contarão com a participação de mais de 100 ministros de Meio Ambiente para concluir o tratado climático, em uma nova etapa do trabalhoso processo de negociações lançado em 1995.
Fonte: UOL
Devido ao rápido aumento das temperaturas nas regiões árticas, o permafrost já está derretendo, enfatizou Kevin Schaefer, pesquisador da Universidade do Colorado e principal autor de um relatório sobre o tema para o Pnuma.
“O permafrost é uma das chaves do futuro de nosso planeta. Seu impacto potencial no clima, nos ecossistemas e nas infraestruturas foi descuidado durante muito tempo”, declarou Achim Steiner, diretor-geral do Pnuma, em comunicado.
Essa área representa, mais ou menos, um quarto da superfície da Terra no hemisfério Norte. Em nível mundial, encerra 1,7 trilhão de toneladas de carbono, mais ou menos o dobro de CO2 presente na atmosfera, recordou Schaefer.
Se esta matéria orgânica congelada se derreter, libertará lentamente todo o carbono que acumulou e “neutralizou” com a passagem do séculos. “Uma vez que começa a derreter, o processo é irreversível. Não há nenhuma forma para voltar a capturar o carbono liberado. E este processo continua durante séculos, já que a matéria orgânica é muito fria e se decompõe lentamente”, advertiu o cientista.
Toneladas de CO2 – O problema é que este excesso de CO2 liberado na atmosfera jamais foi incluído nas projeções sobre o aquecimento climático que são objeto de negociações mundiais. E é ainda mais preocupante se for considerado que a temperatura das zonas árticas e alpinas deveriam aumentar duas vezes mais rápido que no conjunto do globo, insiste o relatório do Pnuma.
Uma alta de 3 graus Celsius em média se traduziria em um aumento de 6 graus Celsius no Ártico, o que provocaria o desaparecimento de 30% a 85% do permafrost próximo da superfície.
O derretimento do permafrost produziria o equivalente entre 43 bilhões de toneladas e 135 bilhões de toneladas de CO2 adicional para 2020, o que representa 39% das emissões totais até a data de hoje.
Em consequência, o Pnuma recomenda ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) que leve em conta especificamente o impacto crescente do permafrost no aquecimento global.
Mais de 190 países se reuniram na segunda-feira, em Doha, na grande conferência anual sobre a mudança climática que deverá decidir o futuro do Protocolo de Kyoto e esboçar as bases de um grande acordo previsto para 2015, no qual devem participar todos os grandes países poluidores do planeta. A conferência prossegue até 7 de dezembro.
Em 4 de dezembro, os negociadores contarão com a participação de mais de 100 ministros de Meio Ambiente para concluir o tratado climático, em uma nova etapa do trabalhoso processo de negociações lançado em 1995.
Fonte: UOL
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