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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
União Europeia rejeita relatório que aponta toxicidade de transgênicos
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (Efsa), agência da União Europeia, rejeitou definitivamente, nesta quarta-feira, as conclusões de um relatório polêmico do professor francês Gilles-Eric Séralini, segundo o qual o milho transgênico NK 603 e o herbicida Roundup, do grupo Monsanto, são tóxicos.
“As conclusões do estudo (…) não se apoiam com dados”, declarou a Efsa em sua avaliação final do artigo publicado em 19 de setembro passado na revista “Food and Chemical Toxicology”, e que relançou a polêmica sobre a suposta toxicidade dos transgênicos.
“As importantes omissões na concepção e metodologia” do estudo “implicam que as normas científicas aceitáveis não foram respeitadas e, consequentemente, não está justificado voltar a examinar as avaliações prévias sobre a segurança do milho geneticamente modificado NK603″, destacou a Efsa em um comunicado.
A agência europeia explicou que suas conclusões são o resultado de avaliações distintas e independentes realizadas por seus especialistas e por seis membros da UE, entre eles Alemanha, França e Itália.
A recusa da Efsa não é uma surpresa e em sua primeira avaliação os especialistas da agência consideraram que o estudo tinha omissões que impediam considerar boas suas conclusões.
O organismo de pesquisa sobre os tansgênicos do professor Séralini (Criigen) criticou a Efsa, por sua vez, denunciando sua “má fé”.
A agência europeia enumera as omissões que os especialistas dos seis estados membros identificaram na metodologia do estudo, entre elas objetivos de estudo pouco claros, o número pouco elevado de ratos utilizados em cada grupo de tratamento, falta de detalhes sobre a alimentação e o tratamento dos animais ou ausência de dados estatísticos chave.
A publicação, em setembro, do informe, ilustrado com fotos de ratos com tumores grandes como bolas de pingue-pongue e que assegura que os ratos alimentados com milho transgênico sofrem de câncer e morrem antes, causou alarme social e relançou a polêmica sobre os transgêncicos.
O estudo foi realizado por uma equipe da Universidade de Caen (noroeste da França), que alimentou durante dois anos duzentos ratos de três formas distintas: exclusivamente com milho transgênico NK603, com milho transgênico NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais usado do mundo) e com milho não modificado geneticamente tratado com Roundup.
No entanto, a Efsa já emitiu dúvidas sobre o estudo em sua primeira avaliação no começo de outubro e pediu informação suplementar ao seu autor.
Poucas semanas depois, duas comissões científicas francesas, o Alto Conselho de Biotecnologia e a Agência de Segurança, também rejeitaram o estudo criticando seus métodos “inadequados”.
Na Europa é permitido o cultivo de dois transgênicos, a batata Amflora do grupo alemão Basf, que por enquanto é um fracasso comercial, e o milho MON810 da Monsanto, que pediu para renovar sua autorização.
A recusa do estudo de Séralini pode agora abrir o caminho para que a Comissão Europeia autorize o cultivo na UE de sete transgênicos (seis variedades de milho, inclusive o MON810, e o um tipo de soja) e a comercialização de outros cinquenta produtos destinados à alimentação animal e humana.
Fonte: Portal iG
“As conclusões do estudo (…) não se apoiam com dados”, declarou a Efsa em sua avaliação final do artigo publicado em 19 de setembro passado na revista “Food and Chemical Toxicology”, e que relançou a polêmica sobre a suposta toxicidade dos transgênicos.
“As importantes omissões na concepção e metodologia” do estudo “implicam que as normas científicas aceitáveis não foram respeitadas e, consequentemente, não está justificado voltar a examinar as avaliações prévias sobre a segurança do milho geneticamente modificado NK603″, destacou a Efsa em um comunicado.
A agência europeia explicou que suas conclusões são o resultado de avaliações distintas e independentes realizadas por seus especialistas e por seis membros da UE, entre eles Alemanha, França e Itália.
A recusa da Efsa não é uma surpresa e em sua primeira avaliação os especialistas da agência consideraram que o estudo tinha omissões que impediam considerar boas suas conclusões.
O organismo de pesquisa sobre os tansgênicos do professor Séralini (Criigen) criticou a Efsa, por sua vez, denunciando sua “má fé”.
A agência europeia enumera as omissões que os especialistas dos seis estados membros identificaram na metodologia do estudo, entre elas objetivos de estudo pouco claros, o número pouco elevado de ratos utilizados em cada grupo de tratamento, falta de detalhes sobre a alimentação e o tratamento dos animais ou ausência de dados estatísticos chave.
A publicação, em setembro, do informe, ilustrado com fotos de ratos com tumores grandes como bolas de pingue-pongue e que assegura que os ratos alimentados com milho transgênico sofrem de câncer e morrem antes, causou alarme social e relançou a polêmica sobre os transgêncicos.
O estudo foi realizado por uma equipe da Universidade de Caen (noroeste da França), que alimentou durante dois anos duzentos ratos de três formas distintas: exclusivamente com milho transgênico NK603, com milho transgênico NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais usado do mundo) e com milho não modificado geneticamente tratado com Roundup.
No entanto, a Efsa já emitiu dúvidas sobre o estudo em sua primeira avaliação no começo de outubro e pediu informação suplementar ao seu autor.
Poucas semanas depois, duas comissões científicas francesas, o Alto Conselho de Biotecnologia e a Agência de Segurança, também rejeitaram o estudo criticando seus métodos “inadequados”.
Na Europa é permitido o cultivo de dois transgênicos, a batata Amflora do grupo alemão Basf, que por enquanto é um fracasso comercial, e o milho MON810 da Monsanto, que pediu para renovar sua autorização.
A recusa do estudo de Séralini pode agora abrir o caminho para que a Comissão Europeia autorize o cultivo na UE de sete transgênicos (seis variedades de milho, inclusive o MON810, e o um tipo de soja) e a comercialização de outros cinquenta produtos destinados à alimentação animal e humana.
Fonte: Portal iG
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