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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
No DF, barulho de cigarras equivale ao de rua com ônibus e caminhões
As cigarras que se reproduzem na primavera nas árvores do Distrito Federal fazem mais barulho do que um liquidificador ou uma rua com trânsito pesado, mostra equipamento de medição de ruídos da Universidade de Brasília (UnB).
A pedido do G1, o professor Márcio Avelar, do Núcleo de Laboratórios de Engenharia e Inovação da Faculdade do Gama da Universidade de Brasília, mediu o volume do canto dos insetos. O local escolhido foi a quadra 315 Sul. Sob as árvores, o equipamento registrou 80 decibéis.
A cantoria fica muito acima do recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para áreas residenciais: 50 decibéis durante o dia e 45, à noite. Também supera o volume recomendado pela associação em áreas industriais, que é de 70 decibéis. Uma rua com trânsito de ônibus e caminhões tem 80 decibéis, em média.
De acordo com a escala da ABNT, a intensidade do som das cigarras em Brasília supera a de um liquidificador ligado (75 decibéis) e equivale à de uma rua com trânsito pesado, com caminhões e ônibus (80 decibéis).
O professor da UnB diz que a frequência do canto das cigarras também explica a irritação de moradores das quadras residenciais de Brasília.
“Não é só volume que causa incômodo, a frequência da fonte sonora faz diferença também. A frequência das cigarras é de média para alta, uma região de frequência que tem potencial para incomodar o ouvido humano”, diz Avelar.
E não adianta tentar fugir do canto das cigarras. O G1 também mediu o volume da cantoria em um apartamento no sexto andar de um prédio da Asa Sul. No quarto do imóvel, o equipamento marcou 54 decibéis – o barulho recomendado pela ABNT para esse tipo de cômodo durante o dia é de 45.
‘Culpa deles’ – O barulho das cigarras é produzido pelos machos da espécie. Eles cantam, e muito, para atrair as fêmeas. “As cigarras fêmeas, além de silenciosas, são ótimas ouvintes. Os machos cantam em grupo, pesquisas indicam que assim eles têm mais sucesso na conquista da fêmea do que cantando isolados”, fala o professor de zoologia Paulo César Motta, também da UnB.
O professor explica sete espécies de cigarra, com tamanhos que variam entre 1,5 cm e 7 cm, habitam no Distrito Federal. Esses insetos passam entre dois e sete anos embaixo da terra, época em que são silenciosos e chamados de ninfas. Quando alcançam a maturidade, sobem as árvores e deixam no caminho as exúvias, as casquinhas que serviram de proteção para as ninfas.
Na fase adulta, cantam por cerca de dois meses para atrair as fêmeas. Depois do período reprodutivo, morrem. “O esperado é que teremos cantoria até o fim do ano”, diz Motta.
Mitos e curiosidades – Porteiro em um bloco na Asa Sul há 21 anos, Elilans de Andrade fala que já perdeu as contas de quantas vezes socorreu moradores com medo de cigarras. “Nos últimos dias, entrou uma cigarra em um apartamento e tivemos que subir correndo para socorrer a moradora, que tomou um tombo e se machucou com medo do inseto.”
Há alguns anos, a gritaria foi tão grande em outro apartamento que o porteiro pensou que se tratava de um assalto. “Quando entramos lá, era uma cigarrinha pequena.”
Embora causem medo em algumas pessoas, o professor Paulo César Motta diz que as cigarras são inofensivas e limpas. “Tem gente que acha a cigarra nojenta, mas ela é superlimpinha. Não tem motivo de ter nojo, ela se alimenta apenas de seiva. Além disso, a cigarra é inofensiva, só faz barulho e vibra.”
O professor explica ainda que o líquido que muitas vezes cai das árvores repletas de cigarras não é urina do inseto, mas seiva em excesso. “Tudo indica que não é excremento. Supõe-se que seja um excesso de xilema, a seiva”, afirma.
Sabendo que as cigarras não são sujas ou fazem mal, talvez o melhor seja mesmo aprender a conviver com elas – no DF, esses insetos preferem a área urbana ao cerrado.
“Aparentemente, há mais cigarras na área urbana. Isso pode ser explicado porque há vários organismos que se adaptaram muito bem ao ambiente modificado pelo homem”, diz o professor de zoologia.
“Me acostumei com as cigarras, elas são da natureza, não fazem medo. A gente tem que admirar e curtir esse barulhinho”, afirma o porteiro Elilans de Andrade, que desenvolveu uma técnica para retirar os insetos da casa dos moradores desesperados.
“Tem gente que dá vassourada e mata. Não é necessário isso. Pego ela com cuidados, porque são muito sensíveis, coloco no saquinho plástico e solto na natureza de novo.”
Fonte: G1
A pedido do G1, o professor Márcio Avelar, do Núcleo de Laboratórios de Engenharia e Inovação da Faculdade do Gama da Universidade de Brasília, mediu o volume do canto dos insetos. O local escolhido foi a quadra 315 Sul. Sob as árvores, o equipamento registrou 80 decibéis.
A cantoria fica muito acima do recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para áreas residenciais: 50 decibéis durante o dia e 45, à noite. Também supera o volume recomendado pela associação em áreas industriais, que é de 70 decibéis. Uma rua com trânsito de ônibus e caminhões tem 80 decibéis, em média.
De acordo com a escala da ABNT, a intensidade do som das cigarras em Brasília supera a de um liquidificador ligado (75 decibéis) e equivale à de uma rua com trânsito pesado, com caminhões e ônibus (80 decibéis).
O professor da UnB diz que a frequência do canto das cigarras também explica a irritação de moradores das quadras residenciais de Brasília.
“Não é só volume que causa incômodo, a frequência da fonte sonora faz diferença também. A frequência das cigarras é de média para alta, uma região de frequência que tem potencial para incomodar o ouvido humano”, diz Avelar.
E não adianta tentar fugir do canto das cigarras. O G1 também mediu o volume da cantoria em um apartamento no sexto andar de um prédio da Asa Sul. No quarto do imóvel, o equipamento marcou 54 decibéis – o barulho recomendado pela ABNT para esse tipo de cômodo durante o dia é de 45.
‘Culpa deles’ – O barulho das cigarras é produzido pelos machos da espécie. Eles cantam, e muito, para atrair as fêmeas. “As cigarras fêmeas, além de silenciosas, são ótimas ouvintes. Os machos cantam em grupo, pesquisas indicam que assim eles têm mais sucesso na conquista da fêmea do que cantando isolados”, fala o professor de zoologia Paulo César Motta, também da UnB.
O professor explica sete espécies de cigarra, com tamanhos que variam entre 1,5 cm e 7 cm, habitam no Distrito Federal. Esses insetos passam entre dois e sete anos embaixo da terra, época em que são silenciosos e chamados de ninfas. Quando alcançam a maturidade, sobem as árvores e deixam no caminho as exúvias, as casquinhas que serviram de proteção para as ninfas.
Na fase adulta, cantam por cerca de dois meses para atrair as fêmeas. Depois do período reprodutivo, morrem. “O esperado é que teremos cantoria até o fim do ano”, diz Motta.
Mitos e curiosidades – Porteiro em um bloco na Asa Sul há 21 anos, Elilans de Andrade fala que já perdeu as contas de quantas vezes socorreu moradores com medo de cigarras. “Nos últimos dias, entrou uma cigarra em um apartamento e tivemos que subir correndo para socorrer a moradora, que tomou um tombo e se machucou com medo do inseto.”
Há alguns anos, a gritaria foi tão grande em outro apartamento que o porteiro pensou que se tratava de um assalto. “Quando entramos lá, era uma cigarrinha pequena.”
Embora causem medo em algumas pessoas, o professor Paulo César Motta diz que as cigarras são inofensivas e limpas. “Tem gente que acha a cigarra nojenta, mas ela é superlimpinha. Não tem motivo de ter nojo, ela se alimenta apenas de seiva. Além disso, a cigarra é inofensiva, só faz barulho e vibra.”
O professor explica ainda que o líquido que muitas vezes cai das árvores repletas de cigarras não é urina do inseto, mas seiva em excesso. “Tudo indica que não é excremento. Supõe-se que seja um excesso de xilema, a seiva”, afirma.
Sabendo que as cigarras não são sujas ou fazem mal, talvez o melhor seja mesmo aprender a conviver com elas – no DF, esses insetos preferem a área urbana ao cerrado.
“Aparentemente, há mais cigarras na área urbana. Isso pode ser explicado porque há vários organismos que se adaptaram muito bem ao ambiente modificado pelo homem”, diz o professor de zoologia.
“Me acostumei com as cigarras, elas são da natureza, não fazem medo. A gente tem que admirar e curtir esse barulhinho”, afirma o porteiro Elilans de Andrade, que desenvolveu uma técnica para retirar os insetos da casa dos moradores desesperados.
“Tem gente que dá vassourada e mata. Não é necessário isso. Pego ela com cuidados, porque são muito sensíveis, coloco no saquinho plástico e solto na natureza de novo.”
Fonte: G1
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